24 de fev. de 2010

Mel -

Materia da revista Bons Fluidos
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http://bonsfluidos.abril.com.br/livre/edicoes/0124/04/02.shtml

Doce família

Cardápio variado

A nutricionista Heloisa Padilha defende o uso do mel: “Ele é fonte de açúcar mais saudável. Tem ação imunológica, bactericida e anti-inflamatória. Ajuda a combater a tosse, a dor de garganta e a gripe”. O fã-clube levanta ainda a qualidade de ser um produto absolutamente natural e rico em vitaminas A, C e do complexo B.

Porém, não parta para a compra sem se preparar – como existem mais de 2 500 tipos de florações, a composição nutricional das diferentes versões de mel pode variar muito. Tipo de solo, clima, espécie de abelha também influem no produto final. “O que se sabe com certeza é que o mel escuro tem sabor mais acentuado e contém uma quantidade bem maior de sais minerais do que os claros”, ensina Neusa Vicente, do Apiário Florin, do Espírito Santo. Nessa troca, há uma desvantagem: como mascavo e mel apresentam poder adoçante menor do que os açúcares, corre-se o risco de usá-los em maior quantidade. A solução é educar seu paladar.

Outro critério pode ainda influenciar sua escolha. É o cultivo pelos métodos orgânicos, sem defensivos agrícolas e fertilizantes sintéticos, respeitando cuidados relativos à preservação do solo. O processo de produção não muda muito, mas dispensa a adição de substâncias químicas. “Por isso é mais fácil encontrar açúcar orgânico dos tipos mascavo, demerara e cristal, que não passam por processos complexos de refinamento”, ensina Fernando Alonso, gerente de produtos da fabricante Native.

Segundo a nutricionista Silvia Barreto, o mais importante é tentar manter o consumo dentro da dose recomendada pela Organização Mundial da Saúde. “Aliás, quem tem uma dieta balanceada não precisa sequer adicionar açúcar aos alimentos porque o organismo produz energia a partir de outros carboidratos.”

Seja qual for a sua escolha, vale um alerta: quando movido pela ansiedade, o apetite pelo doce costuma passar longe da dose recomendada e isso vale para qualquer um dos açúcares, já que o conteúdo calórico é semelhante. “O ideal seria se contentar com 30 g de chocolate ou um picolé”, aconselha Heloisa Padilha. Consumindo com moderação, o doce pode comparecer ao cardápio. E, de vez em quando, vale até permitir-se um extra. “Mas, quando o exagero é constante e vem acompanhado de outros fatores, como dieta desequilibrada e sedentarismo, o excesso pode levar ao sobrepeso, ao aumento de triglicérides e até a diabetes.” É aí que o doce pode amargar sua vida.

Açucar


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hora da escolha

Até o estímulo à produção de serotonina, neurotransmissor associado ao prazer, perde a graça, pois, com o sobe-e-desce do nível de açúcar no sangue, ela se dispersa. E vem o efeito reboque, sob a forma de um desejo incontrolável de comer mais doce. Alimentos de alto IG, no entanto, não precisam ser exterminados da dieta. Se consumidos em quantidades pequenas não provocam grande impacto no sangue. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o consumo de açúcar não deve ultrapassar 10% do total de calorias ingeridas num dia. Isso equivale a quatro colheres de sopa rasa numa dieta de 2 mil calorias. A porção inclui tanto o açúcar do café como o que vai no bolo.

O que advogam os nutricionistas é que se deve conhecer e optar por um tipo de açúcar (veja boxe), já que as ofertas no mercado são muitas. Vale também associar açúcar a fibras, por exemplo, o que ajuda a controlar o IG, uma vez que elas tornam mais lenta a absorção da glicose. Nesse sentido, um bolo feito de farinha integral ou aveia faz toda a diferença. Trocar o branquinho por mascavo é outra providência interessante. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, a variação calórica entre ambos é pequena e os dois possuem quase a mesma quantidade de carboidrato. Porém o escurinho ganha disparado em sais minerais – em 100 gramas, tem 85 mg de cálcio contra 1 mg do refinado; 29 mg de magnésio contra 0 do refinado; 22 mg de fósforo contra 2 do refinado e 346 mg de potássio contra 2 mg do refinado. Tudo isso porque ele não passa pelo refinamento, processo que torna o açúcar branco um alimento vazio.